Sempre Materna

Qual o impacto da ausência do pai?

pai

Juliana Isliker, consteladora familiar, fala sobre a questão do pai na vida do filho

 

Para algumas pessoas, presença é algo do dia a dia. Porém, quando vamos mais a fundo, é preciso levar em consideração “corpo e alma”.

 

“Quando a gente fala da presença do pai, especificamente, temos que tomar cuidado, porque em muitas vezes ele está sim presente. Mas somos nós que não estamos disponíveis ou não podemos chegar até ele”, ressalta a consteladora familiar Juliana Isliker.

 

Por isso, ela sinaliza que são importantes avaliarmos os impactos disso nas nossas vidas e os motivos dessa situação.

 

“Há um caso que atendi em que a mulher relatou rejeição do pai e a mesma situação do seu filho com o marido. Ao constelarmos, deu para ver que era uma situação de outras gerações, em que as mulheres se isolavam dos maridos e, consequentemente, os filhos também”.

 

Juliana explica que a energia do filho que vem do pai e da mãe é considerada completa, com dificuldades de fluidez e sensação de incompleta quando não acontece.

 

“O papel do pai é de mostrar a vida, enquanto o da mãe é o de nutrir. Assim, quando não há esse contato com o pai, a pessoa acaba buscando o mundo de outras maneiras, onde aparecem os vícios, por exemplo”, lembra.

 

Por isso, é importante que o filho/filha tenha acesso ao pai e à mãe, que é onde a constelação familiar aponta que só é 100% quem tem a energia de ambos.

 

Com isso, é compreensível que a ausência do pai é uma porta aberta para a descoberta do mundo da maneira “que der”, ainda que a mãe tente fazer o papel dele. É a ideia de que “a vida ensina”, entretanto, nem sempre com o carinho que um pai poderá oferecer.

 

“Se estamos aqui fortes, lutando pelos nossos ideais e crescendo cada dia mais, é porque temos uma história de vida, assim como as do pai e da mãe estão embutidas na gente também”, finaliza.