A campanha Janeiro Branco alerta sobre a importância de cuidar da saúde mental. Essa é uma das questões presentes na vida das mulheres que sofrem de depressão pós-parto. A depressão pós-parto é um dos fatores que pode desencadear o suicídio de mulheres, um mal frequente, que segundo pesquisa do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) atinge de 32% a 35% das paulistanas. Um índice considerado preocupante se comparado à média mundial, que fica entre 10% a 15%.
Alberto Guimarães, ginecologista, obstetra e precursor do programa Parto Sem Medo alerta que é comum o aparecimento da depressão pós-parto na mulher que planejou ou, pelo menos, desejava ter filhos. “O medo de encarar a nova realidade e algumas deficiências hormonais podem ser indícios do surgimento da doença”, afirma Guimarães.
Um dos sintomas apontados pelo Instituto de Psicologia da USP é a aversão pelo filho, que coloca não só o bebê em risco, como também a própria mulher, tendo em vista que a depressão é um dos fatores de risco que podem levar ao suicídio.
Formado pela Faculdade de Medicina de Teresópolis (RJ) e mestre pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP), o médico atualmente encabeça a difusão do “Parto Sem Medo”, novo modelo de assistência à parturiente que realça o parto natural como um evento de máxima feminilidade, onde a mulher e o bebê devem ser os protagonistas. Atuou no cargo de gerente médico para humanização do parto e nascimento do Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim, CEJAM, em maternidades municipais de São Paulo e na Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.