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Espetáculo infantil A Princesinha Medrosa faz nova temporada no Sesc Belenzinho

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Peça foi idealizada para oferecer uma experiência estética
de acessibilidade a todos os públicos

O Sesc Belenzinho apresenta o espetáculo infantil A Princesinha Medrosa, de 17 de fevereiro a 11 de março, aos sábados e domingos, às 12h, no Teatro. A peça, inspirada no livro homônimo do escritor e ilustrador Odilon Moraes, foi adaptada para o teatro pela escritora e roteirista Carolina Moreyra, com direção de Kiko Marques.

O espetáculo está indicado em quatro categorias para o Prêmio São Paulo de Incentivo ao Teatro Infantil e Jovem: “Melhor Atriz: Ana Luiza Leão (Princesinha)”; “Melhor Figurino: Simone Mina”; “Melhor Iluminação: Grissel Piguillem”; e “Melhor Produção: Paula Lopez – Santa Paciência Produções”.

Para vencer o medo, uma pequena e medrosa princesa ordena que o sol nunca mais vá embora, que as pessoas durmam todas no castelo e que trabalhem o tempo todo para que nunca falte nada. Um dia, ela se perde na floresta e, ouvindo o barulhinho do rio, algo começa a acontecer.

No elenco, Ana Luiza Leão interpreta a Princesinha, e Manuela Afonso e Marcos Suchara se alternam entre os Guardas Clownescos, o Sol e o Menino. Amanda Assis é intérprete de Libras, incorporada ao espetáculo como a personagem Dona Contrarregra. A direção de produção e a criação em acessibilidade é de Paula Lopez.

A montagem foi idealizada por Ana Luiza Leão e Manuela Afonso, para trazer as páginas do livro para os palcos. “Como uma espécie de antídoto a um sistema cada vez menos tolerante às próprias fragilidades, o espetáculo revela uma trajetória singular, da personagem que a partir do seu medo, é capaz de criar uma ponte com a Natureza, com o Outro e, ainda, consigo mesma. O desafio, no entanto, não é somente falar sobre a potência do afeto mas oferecer ao público uma experiência teatral afetiva”, diz Ana Luiza Leão, atriz e idealizadora do projeto.

E posteriormente veio a proposta da Paula Lopez, de se conceber uma experiência estética acessível a todos os públicos e suas diversas condições, o que seria um grande desafio para toda a equipe de criação. Para isso, os atores incorporam no palco a língua de sinais e a audiodescrição das cenas está presente na dramaturgia para integrar o público surdo e cego e de baixa visão. Além disso, nos 15 minutos iniciais de cada sessão, os artistas convidam 30 pessoas para o Prólogo Tátil, uma visita ao palco para conhecer e tocar os elementos de cena conduzidos pelos personagens. O público com deficiência visual também terá acesso a um programa em braile.

Além da indicação ao prêmio, a repercussão do espetáculo entre o público é motivo de grande alegria e destaca-se o retorno de uma expectadora que publicou um texto divulgando a nova temporada no Teatro do Sesc Belenzinho:

“Assistir A Princesinha Medrosa é compartilhar de uma nova maneira de fazer teatro. Uma proposta de acessibilidade, em amplo sentido: começa com um ‘prólogo tátil’ para as pessoas que não podem ver com os olhos. Tem tradução permanente em libras.  A tradutora que é uma revelação: ótima atriz, reveza com os atores que aprenderam essa língua de sinais. É bonito e corajoso esse jeito de dizer palavras, sentidos, sentimentos. Em diversos momentos, através de luz, de sons, ou os dois, o palco se amplia até a plateia. Somos sensorialmente convidados a estar dentro na cena, a nos sentir lá, na prisão invisível da princesinha. Quem nunca se aprisionou em crenças, em hábitos, em medos? A Princesinha Medrosa dá acesso ao inconsciente na consciência de cada um, ali, naqueles momentos de rara beleza. Indico para crianças de todas as idades, para todo ser humano, sem excluir ninguém. Quem viu, amou. As crianças vibram, dançam,  imitam os sinais. Os adultos as vezes choram de tanta emoção.”

Testemunhos assim têm sido comuns: “Teve uma apresentação em que fui surpreendida por pelo menos três adultos, que vieram me abraçar no fim da peça, olhos cheios d’água, emocionados, agradecendo a experiência, a simplicidade, o lembrete da possibilidade de respiro e preenchimento que a peça traz.” diz Manuela Afonso, atriz e também idealizadora do projeto.

 

Ficha Técnica

DIREÇÃO: Kiko Marques
ELENCO: Ana Luiza Leão, Manuela Afonso, Marcos Suchara
DRAMATURGIA: Carolina Moreyra a partir da obra original de Odilon Moraes.
TRILHA SONORA ORIGINAL: Benjamim Taubkin
DESENHO DE LUZ: Grissel Piguillem
DIREÇÃO DE ARTE, CENOGRAFIA e FIGURINO: Simone Mina
CRIAÇÃO EM ACESSIBILIDADE: Paula Lopez
LIBRAS: Amanda Assis
ASSISTÊNCIA DE DIREÇÃO: Carolina Rhormens
DESIGN GRÁFICO: FazFazFaz
TÉCNICAS DE LUZ: Grissel Piguillem, Camila Jordão e Michelle Bezerra
TÉCNICOS DE SOM: Randal Juliano e Kleber Marques
GERENTE DE PALCO e MAQUINARIA: Thalita Gomes e Mari Pissinin
CONFECÇÃO DE FIGURINOS: Fátima de Castro
CENOTECNIA: Wanderley Wagner da Silva, Abel Saavedra e Raquel Saldivia
VISAGISMO: Roger Ferrari
FOTOS: Felipe S Cohen
VIDEO: Valdir Afonso
PRODUÇÃO EXECUTIVA: Paula Malfatti, Lenita Ponce e Mayra Paris
ADMINISTRAÇÃO: Santa Paciência Produções Artísticas e Culturais
DIREÇÃO DE PRODUÇÃO: Paula Lopez
IDEALIZAÇÃO: Ana Luiza Leão, Carolina Moreyra e Manuela Afonso

 

A PRINCESINHA MEDROSA
De 17/02 a 11/03. Sábados e domingos, às 12h.
Teatro (392 lugares).
Duração: 65 minutos

Ingressos à venda nas unidades do Sesc a partir de 7/2:
R$ 20,00 (inteira); R$ 10,00 (aposentado, pessoa com mais de 60 anos, pessoa com deficiência, estudante e servidor da escola pública com comprovante); R$ 6,00 (trabalhador do comércio de bens, serviços e turismo credenciado no Sesc e dependentes); Grátis (crianças até 12 anos).

 

Fonte: Sesc Belenzinho
Endereço: Rua Padre Adelino, 1000
Belenzinho – São Paulo (SP)
Telefone: (11) 2076-9700
www.sescsp.org.br/belenzinho