Depois do parto, leva alguns dias para o leite propriamente dito aparecer. Mas antes dele, você produz o mais importante de todos os alimentos para o seu bebê: o colostro
Amamentar é uma experiência rica e inesquecível. Toda mãe sente uma pontinha de orgulho ao ver seu filho crescer graças ao seu leite. O início nem sempre é fácil, mas com paciência e perseverança a maioria das mulheres tem êxito nessa empreitada. No entanto, muitas mamães desconhecem o mecanismo da amamentação: como se dá a produção do leite? O que é esse tão falado colostro? Quanto tempo leva para o leite descer de fato? As dúvidas são muitas, mas o segredo é um só: quanto mais o bebê suga, mais leite a mãe produz.
Para entender melhor o mecanismo da produção de leite, dá para comparar a mama a um conjunto de cachos de uva. Cada uva representa um alvéolo, que é responsável pela produção do leite e se abre nos dutos. Os dutos se unem para formar os seios galactóforos, onde o leite é acumulado. A união de dez a cem alvéolos é chamado de lóbulo. Um conjunto de lóbulos, dutos e seios galactóforos é chamado de lobo e cada mama contém de 15 a 20 desses lobos.
O processo de lactação é comandado pela glândula hipófise, localizada no cérebro. Quando o bebê mama, a mensagem da sucção é enviada para a hipófise e há a liberação de dois hormônios: prolactina, responsável pela produção do leite, e ocitocina, responsável pela ejeção do leite. Logo após o parto, a prolactina começa a estimular as glândulas mamárias, por isso é importante colocar o bebê para mamar o quanto antes para desencadear o processo de produção e descida do leite. No período de aproximadamente 48 a 72 horas, ocorrerá a descida do leite ou apojadura. Entre o momento do parto e a apojadura, os seios ficam preenchidos por uma substância denominada colostro.
Produzido desde o final da gravidez e provavelmente durante todo o primeiro mês de vida do bebê, o colostro é um leite muito especial. Amarelo e mais grosso que o leite maduro, é secretado apenas em pequenas quantidades. Rico em sais minerais, anticorpos, açúcar e água contém mais anticorpos maternos e células brancas do que o leite maduro. Dá a primeira “imunização” para proteger a criança contra a maior parte das bactérias e vírus.
O colostro é também rico em fatores de crescimento, que estimulam o intestino imaturo da criança a se desenvolver. O fator de crescimento prepara o intestino para digerir e absorver o leite maduro e impede a absorção de proteínas não digeríveis. O colostro também é laxativo e auxilia a eliminação do mecônio (primeiras fezes do bebê), o que diminui a incidência de icterícia.
Durante a apojadura, as mamas aumentam, ficam mais pesadas e quentes. A mulher pode sentir ingurgitamento, dor mamária e calafrios. À medida que o bebê começa a mamar, ocorre uma adequação da produção em relação à demanda, ou seja, você passa a produzir a quantidade certa de leite que seu bebê ingere, diminuindo os desconfortos. No final do primeiro mês, o leite materno é considerado maduro.
É bom lembrar que o tipo de parto não tem influência no sucesso da amamentação. Fora raras exceções, a maioria das mulheres é perfeitamente capaz de amamentar seus filhos. A amamentação é um aprendizado diário e ultrapassadas as dificuldades iniciais torna-se fonte de grande satisfação para a mamãe e o bebê.
A Sempre Materna acredita na importância da amamentação e por isso indica a pomada Millar, produto à base de lanolina anidra pura, que previne e trata as fissuras mamárias, protegendo a mama no período pré-natal e durante a lactação. Millar não é tóxico para a mãe e nem para o bebê, e por isso não precisa ser retirado da mama antes do aleitamento. Invista na preparação e cuidados com a mama. Não deixe que nada, nem ninguém interfiram nesse momento mágico e único que fará com que seu bebê se sinta amado e seguro.