A única forma de evitar a caxumba, que pode causar infertilidade masculina, é tomar a vacina tríplice na infância, alerta Dr. Luiz Eduardo Albuquerque, ginecologista, especialista em reprodução humana e diretor da clínica
Está comprovado pela ciência que chegar à fase adulta sem os danos motores causados pela paralisia infantil, as cicatrizes da varíola ou as sequelas do sarampo e da febre amarela é resultado de uma infância amparada por vacinas. Além de uma vida saudável, a imunização também é de suma importância para a fertilidade do homem e da mulher, ao evitar os males causados pela caxumba e pelo HPV (Papiloma Vírus Humano).
Caxumba
A caxumba é uma infecção causada por um vírus que ataca a glândula salivar (parótida) e os testículos. Nos testículos, o vírus pode causar inflamação e interromper a produção dos espermatozoides por destruição tecidual. Ao tomar a vacina tríplice, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, a criança evita contrair a doença e, consequentemente, poderá não apresentar infertilidade masculina na fase adulta.
De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 30% dos homens que tiveram caxumba, desenvolveram infecção nos testículos. Se um homem é afetado pela doença, tem grande chance de diminuir a produção de espermatozoides e até sofrer uma atrofia testicular – diminuição do tamanho dos testículos e mau funcionamento. “A única forma de evitar a doença é tomar a vacina tríplice na infância”, alerta o ginecologista especialista em Reprodução Humana, Dr. Luiz Eduardo Albuquerque, diretor da Fertivitro.
HPV
Já no caso do HPV (Papiloma Vírus Humano), o vírus pode causar a formação de verrugas na pele, na parte oral, como lábios, boca e cordas vocais, como nas regiões anal e genital (vulva, vagina, colo do útero, pênis e da uretra). As lesões genitais podem causar câncer de colo de útero e do pênis. O tratamento é realizado com medicamento ou de forma cirúrgica, por cauterização das verrugas ou dos tumores do câncer.
O HPV é transmitido pela relação sexual sem o uso de preservativo, por isso, é considerado uma Doença Sexualmente Transmissível (DST). Ainda que raro, o vírus também pode ser transmitido ao feto no momento do parto.
“Crianças a partir de nove anos podem tomar a vacina contra o HPV, que previne contra o vírus e o câncer de colo de útero. Ela é oferecida pelo SUS e em clínicas particulares. Porém, é importante ressaltar que o uso de preservativo é fundamental para evitar contrair o HPV e as demais DSTs”, orienta Dr. Luiz da Fertivitro.
Vacinação
Mais informações sobre caxumba e HPV e como tomar as vacinas, consulte o site do Ministério da Saúde:
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/svs/caxumba
http://portalarquivos.saude.gov.br/campanhas/hpv/
Tratamentos para a infertilidade
No caso do homem ter sido afetado pela caxumba e apresentar infertilidade, é possível contar com a ajuda da reprodução humana para realizar o sonho de ter um filho.
Existem três tipos de tratamentos para a infertilidade, dependendo do problema dos pacientes: coito programado, cuja relação sexual é programada no período fértil; Inseminação Intrauterina (IIU), que consiste em selecionar os melhores espermatozoides e colocá-los dentro do útero, para facilitar o encontro do óvulo com os espermatozoides; e a fertilização in vitro (FIV), em que a fecundação dos gametas (óvulos e espermatozoides) é feita em laboratório.
Fonte: Dr. Luiz Eduardo Albuquerque
Dr. Luiz Eduardo Albuquerque, diretor clínico da Fertivitro, é ginecologista especialista em Reprodução Humana. Mestre em Ginecologia pela Unifesp e pós-graduado em Ginecologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (RJ), possui o TEGO – Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia, certificado pela FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).
Em seu currículo internacional destacam-se: título de especialista em Reprodução Humana pelo Instituto Dexeus, certificado em Barcelona, na Espanha; membro da American Society for Reproductive Medicine (ASRM), nos Estados Unidos; e membro da European Society of Human Reproductive and Embriology (ESHRE), na Bélgica.
O profissional atuou como diretor do Núcleo de Esterilidade Conjugal do Centro de Referência da Saúde da Mulher, no Hospital Pérola Byington, em São Paulo (SP), durante os anos de 2001 a 2003. Atualmente, faz parte do corpo clínico da instituição, no setor de Reprodução Humana.
Foi médico do setor de Reprodução Humana da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo), entre 2004 e 2014.